José Ataide


Publicidade


Finanças do São Paulo em 2020: Pato e Dani Alves terão aumento, e clube precisa pagar por Raniel

O São Paulo terá mais gastos com Daniel Alves e Alexandre Pato em 2020. Dois dos principais reforços contratados nesta temporada, os jogadores entraram em acordo com o Tricolor para receber menos em 2019 e ter um aumento gradativo nos anos seguintes.

De abril – mês da contratação – a dezembro deste ano, o São Paulo desembolsou 400 mil euros (R$ 1,7 milhão). Ou seja, aproximadamente R$ 190 mil por mês. A partir de 2020, porém, o atacante passa a ter um salário de aproximadamente R$ 700 mil, um aumento de mais de R$ 500 mil em relação a 2019.

Veja o que ainda falta pagar por Pato entre salários + luvas + direitos de imagem:

  • 1,9 milhão de euros (R$ 8,4 milhões) de janeiro a dezembro de 2020;
  • 1,9 milhão de euros (R$ 8,4 milhões) janeiro a dezembro de 2021;
  • 1,9 milhão de euros (R$ 8,4 milhões) janeiro a dezembro de 2022;

O total da “operação Pato” ao fim de seu contrato, em 2022, será de 8,6 milhões de euros (cerca de R$ 38 milhões), isso porque o São Paulo irá ressarcir Pato pela rescisão com o Tianjin Tianhai. Veja os números abaixo.

Rescisão de Pato com clube chinês que será ressarcida pelo São Paulo (valores líquidos):

  • 300 mil euros (R$ 1,3 milhão) até dezembro;
  • 733 mil euros (R$ 3,2 milhões) até dezembro de 2020;
  • 733 mil euros (R$ 3,2 milhões) até dezembro de 2021;
  • 733 mil euros (R$ 3,2 milhões) até dezembro de 2022;
  • Total: 2,5 milhões de euros (R$ 11 milhões)

Daniel Alves

Já o caso de Daniel Alves é mais complexo. De setembro de 2019 ao final de abril de 2020, o jogador receberá apenas o salário pago pelo São Paulo no acordo CLT. O valor é de aproximadamente R$ 500 mil.

A partir do fim de abril de 2020, Daniel Alves começa a receber pelas luvas, bônus e acordo pelos direitos de imagem. No total, entre salários, luvas, bônus e acordo pelos direitos de imagem, o São Paulo pagará em média cerca de R$ 1,5 milhão por mês. Mas o clube não considera esse valor como definitivo porque, caso consiga parceiros, o número cai.

O São Paulo, no entanto, continua na busca por investidores.

Pelo acordo com o jogador, o clube pagará um valor não revelado em parcelas semestrais pela exploração dos direitos de imagem, em abril e outubro dos próximos anos do contrato.

Em números fictícios, funcionaria da seguinte maneira:

  • o São Paulo paga um valor pela parcela semestral (por exemplo de R$ 5 milhões) a Daniel Alves pelo acordo de exploração da imagem;
  • se receber até um determinado valor (de por exemplo R$ 7 milhões) por meio de parceiros, o clube fica com uma fatia do lucro (R$ 2 milhões), descontando os R$ 5 milhões de “reembolso”.
  • se receber um outro valor acima dos R$ 7 milhões, o lucro é dividido igualmente entre São Paulo e Daniel Alves: 50% para cada. Ou seja, se houver o pagamento de R$ 500 mil acima do valor determinado no contrato, cada parte receberia R$ 250 mil.

Nesse modelo, o São Paulo “reembolsa” o valor acertado pela imagem de Daniel Alves, fica com um determinado montante de lucro até uma faixa de dinheiro arrecadada (caso haja lucro) e a partir de outra fatia determinada no contrato divide igualmente os valores com o atleta.

Raniel

Quando Raniel foi contratado pelo São Paulo, em julho, intermediários participaram do negócio e tornaram o acordo possível com o Cruzeiro.

Eles pagaram os R$ 13 milhões para o clube mineiro com a condição de o São Paulo reembolsar esse valor em 2020. O Tricolor ficou com 50% dos direitos econômicos.

Em resumo:

  • o Cruzeiro recebeu cerca de R$ 13 milhões de intermediários e continuará com percentual para futura negociação;
  • São Paulo ficará com 50% dos direitos econômicos;
  • São Paulo começa a pagar os R$ 13 milhões aos intermediários em 2020.

Fonte: Globo Esporte