José Ataide


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Brasil brilha nos Jogos Paralímpicos: 5º dia com pelo menos 9 novas medalhas

O Brasil conquistou mais nove medalhas na última quarta-feira (4), nos Jogos Paralímpicos de Paris. Agora, a delegação soma 57 pódios (15 ouros, 15 pratas e 27 bronzes) e está em sexto lugar no quadro geral de medalhas – a liderança é da China (62 ouros, 46 pratas e 27 bronzes).

Além de quatro medalhas na natação e outras quatro no atletismo, o Brasil teve o primeiro pódio no halterofilismo – no dia que marcou a estreia da modalidade no megaevento.

Atletismo

No sexto dia da modalidade em Paris, quatro brasileiros subiram ao pódio: foram duas medalhas de prata e duas medalhas de bronze.

Nos 400m, da classe T37 (paralisados cerebrais andantes), o maranhense Bartolomeu Chaves conquistou a medalha de prata, com o tempo de 50s39. Andrei Vdovin, da delegação de Atletas Paralímpicos Neutros (NPA, em inglês), ficou com o ouro, com o tempo de 50s27.  O tunisiano Amen Tissaoui (50s50) completou o pódio.

O paraibano Ariosvaldo Silva, o Parré, conquistou sua primeira medalha em Jogos Paralímpicos, com o bronze nos 100m classe T53 (atletas que competem em cadeiras de rodas), com o tempo de 15s08. O saudita Abdulrahman Alqurashi levou o ouro (14s48), seguido pelo tailandês Pongsakorn Paeyo (14s66).
Nos 100m classe T36 (paralisados cerebrais), a paulista Verônica Hipólito conquistou o bronze com o tempo de 14s24. O ouro ficou com a chinesa Yiting Shi (13s39), e a neozelandesa Danielle Aitchison ficou com a prata, com o tempo de 13s43.

 

A amapaense Wanna Brito levou a prata no arremesso de peso F32 (paralisados cerebrais que competem sentados), com a marca de 7,89m, novo recorde das Américas. O ouro ficou com a ucraniana Anastasiia Moskalenko, com a marca de 8,00m – novo recorde mundial; e o bronze ficou com Evgeniia Galaktionova, dos Atletas Paralímpicos Neutros (NPA), que fez 7,72m.

Natação

O Brasil conquistou quatro medalhas no sétimo dia da modalidade em Paris, com um ouro, duas pratas e um bronze.

A pernambucana Carol Santiago conquistou sua terceira medalha de ouro em Paris 2024, a sexta dela em Jogos Paralímpicos – ampliando sua marca como a brasileira que mais vezes subiu ao lugar mais alto do pódio no megaevento.

Ela venceu a prova dos 100m S12 (deficiência visual) com o tempo de 59s30. A ucraniana Anna Stetsenko, (1min00s39) e a japonesa Ayano Tsujiuchi (1min01s05), completaram o pódio.

A mineira Patrícia Pereira conquistou a medalha de prata nos 50m peito S3 (limitações físico-motoras). Patrícia fez o tempo de 58s31 e ficou atrás somente da italiana Monica Boggioni, com 53s25.

Nos 100m livre S9 (limitações físico-motoras), a fluminense Mariana Gesteira conquistou a medalha de bronze com o tempo de 1min02s22. A australiana Alexa Leary (59s53, novo recorde mundial) ficou com o ouro, seguida pela norte-americana Christie Crossley (1min00s18).

A última medalha do dia veio no revezamento 4x100m livre – 49 pontos, formado pelo catarinense Matheus Rheine, pelo carioca Douglas Matera, pela paraense Lucilene Sousa e pela pernambucana Carol Santiago. A equipe brasileira ficou com a prata, com o tempo de 3min56s94. O ouro foi para o time ucraniano, que fez 3min53s84. O time espanhol completou o pódio (3min57s95).

Halterofilismo

No primeiro dia da modalidade em Paris, o Brasil conquistou uma medalha de bronze.
Na categoria até 41kg, a mineira Lara Lima levantou 109kg, terceira melhor marca da prova, atrás da nigeriana Esther Nworgu (118kg), e da chinesa Zhe Cui (119kg, novo recorde paralímpico).
Goalball.

 

A Seleção Brasileira feminina foi derrotada pela Turquia por 3 a 1 na semifinal da competição. Nesta quinta-feira, 5, a equipe disputa o bronze contra a China. Na chave masculina, a Seleção Brasileira foi derrotada pela Ucrânia (6 a 4) também na semifinal. Nesta quinta-feira, 5, o Brasil disputa o bronze contra os chineses.

Mais resultados

A Seleção Brasileira masculina de vôlei sentado foi derrotada pelo Cazaquistão por 3 sets a 0 na disputa pelo quinto lugar.

Na bocha, o Brasil disputou as quartas de final da equipe mista BC1-2 e perdeu por 1 a 0 no desempate para o Japão, após empate por 4 a 4.

Também na bocha, mas nos pares BC3, o Brasil perdeu também nas quartas de finais para Hong Kong por 3 a 1.
No ciclismo de estrada, a paranaense Jady Malavazzi terminou na 4ª colocação no contrarrelógio da classe H3 (atletas que têm comprometimento em membros inferiores e não conseguem pedalar com as pernas). Ela fez o tempo de 26min34s29. O ouro foi para a estadunidense Katerina Brim, com o tempo de 24min14s59. Outra brasileira na prova, Mariana Ribeiro ficou em oitavo com o tempo de 31min30s42.

O paulista Lauro Chaman também terminou em quarto, na classe C5 (atletas que possuem comprometimento em membros superiores e/ou inferiores, mas conseguem pedalar com as pernas), com o tempo de 36min59s51. O ouro foi para o holandês Daniel Gebru (35min51s79).

 

A delegação brasileira

Esta é a maior missão brasileira em uma edição do megaevento fora do Brasil, superando os 259 convocados de Tóquio 2020, que também havia sido à época a missão com mais atletas em terras estrangeiras. O número só não supera o registrado nos Jogos do Rio 2016, quando o Brasil contou com 278 atletas com deficiência. Naquela edição, o Brasil participou de todas as 22 modalidades por ser o país-sede da competição.